quarta-feira, 2 de abril de 2008

Bom Fim

E se o amor não vingasse? E se sumisse o amor? E fosse aonde fosse, ele se escondesse? Onde haveria de ir o amor? Será que entre outros ou sumiria de vez? Partido, o amor se soltaria no mundo em pedaços e sumiria daqui. O amor evaporaria e se iria aos ventos, como um vírus, assim seria o amor. Não seria mais nosso. O amor seria daquele que o respirasse. E nosso adeus ao amor seria o fim de nós. O início de outros. Então, só assim, não seria ruim o fim do nosso amor.

domingo, 30 de março de 2008

Não sou poeta

Não sou poeta. Não escrevo com métrica, rimas, não escrevo com beleza. Mas gosto de escrever. Gosto de falar do que sinto e fingir que pode haver razão na emoção. Contraditório? Talvez. Ainda assim gosto de pensar que existe. Ainda assim não sou poeta, não escrevo beleza. Escrevo o que sinto, não o que olho. Não descrevo, escrevo.

Prefiro mostrar os cenários como me vêm. Descrever algo que qualquer um pode ver. Vou além. Mostro o que significa pra mim. Vejo a sombra e não a árvore, o frescor e não a água, a leveza e não o vôo do pássaro. Não sou poeta. Não escrevo versos. Os parágrafos são, por hábito, mais extensos, mais livres.

Por hora, gosto de dizer-me poeta. Assim posso desfrutar da liberdade de alguns erros. Como fazem os poetas. Ainda rimo algumas frases, mas, nada que possa ser chamado de poema, poesia, verso, prosa. Tudo isso me prenderia, limitaria meus pensamentos, mudaria o sentido do que quero dizer. Já disse, não sou poeta. Sou livre.