quinta-feira, 31 de julho de 2008

A Visão e a Arte

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Boa parte das pessoas interpretam as formas artísticas através dos seus olhares, dos seus mundo. Culturas, histórias, pessoas, entre várias influências tornam uma pintura, foto ou poema, vários. O que isto quer dizer? Que um poema pode ser, ao mesmo tempo, romântico para um e nostálgico para outro assim como um desenho, uma melodia, ou qualquer outra forma de arte.

Acredito que muitos se importam em interpretar a arte de outras formas. Lêem sobre técnicas, até tentam praticá-las, mesmo sem muito talento, para reconhecer e entender melhor como a obra, seja ela qual for, foi produzida. Estes preferem apreciar a arte por um aspecto mais técnico. Pelas inovações encontradas pelo artista. Sentem-se internos ao assunto.

Há ainda o terceiro grupo, meu favorito. Formado por aqueles que procuram primeiro entender o que a obra lhe passa. E, pouco a pouco, vão se deixando levar por ela, tentando imaginar ou entender o que o artista pensava naquele momento. O que o fez sair da cama, parar sua refeição, desligar o telefone, sair de sua casa, de seu país para buscar aquelas cores, aquelas palavras, aquelas imagens. Estes seriam, para mim, os líricos. Pois arte, para estes, é a busca de técnicas, paisagens, palavras e até gestos que consigam demonstrar sentimentos objetivamente. E, só através desta, podemos tocar nos sentimentos.

Ladrão de Galinhas

Há uma falta de postura e indescência nos âmbitos onde corre maior parte do meu dinheiro, o que deixa qualquer ser humano “tranqüilo” quando consciente. E vejo, ainda, uma ironia trágica em meio aos fatos: “Aqueles que ‘ditam’ as regras, as minhas obrigações e direitos, são os mesmos que têm sido acusados de roubar meu dinheiro. Como exemplar resultado, uma punição com o fim de um mandato por determinado tempo.”.

Agora imagina um ladrão, daqueles mesmo, os de galinha. Um belo dia é pego roubando as galinhas e levado a julgamento. No julgamento as provas indicam que o acusado é culpado. Sujo, com penas pela camisa, marcas das bicadas da galinha que tentava fugir de seu sequestrador o homem nega tudo e diz nem saber da existencia de galinhas naquele terreno. Por fim, o juri popular condena o homem. Está definido e provado! Culpado! Pena: Renuncia e abandono das funções de ladrão. Sem direito às regalias. E, só após 8 anos, o dito ladrão pode voltar a roubar as galinhas. Enquanto isso, este deve desfrutar de plena liberdade para outras atividades.

Quem sabe assim, no Brasil, poderiamos dizer que a justiça é cega. Afinal, num pais de malandragem, de influência, onde o dinheiro move tudo, já que não se mexe com o rico vamos ver como mexer com os pobres. Se não dá pra rachar o dinheiro que se concentra na mão de poucos, vamos igualar, pelo menos, alguns direitos.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Até mais.

Deixa estes profundos olhos secos de emoção e que tanto me acobertaram de carinho. Ou deveria eu estar carente e, assim, qualquer demonstração de afetou tornou-me observador mais sensível da humanidade.

Era sim um olhar seco, que me acalentava e aceitava minhas palavras e meus afetos. Durante três dias o vi. No primeiro parecia meio embaçado, era bonito assim mesmo, mesmo que distorcido, mesmo que distante e não bem, lembrado, era belo. Até que na segunda vista tudo já era mais claro. Os olhos transpirando sorriso e num olhar fundo nos meus mostrou-me que me percebia. Sim, eu já pensava naqueles olhos bem antes deles me reconhecerem a primeira vez. Ou era o que imaginava. Mas fui visto e notado assim como reciprocamente cumprimentei. Breves e verdadeiros sorrisos, breves palavras, grande afeição.

No terceiro já não pude evitar. Aproximei-me tanto que os olhos se fecharam e já não pude vê-los por instantes. Mas, intrigantemente, os sentia melhor que nunca. Aquele olhar tornou-se carinho, tornou-se pele e afeto, tornou-se beijo e abraço. Aquele carinho tornou-se uma noite e um amanhecer do dia onde não pudemos ver o sol. Só poderíamos ver pelo tato, pelo cheiro e pela claridade que atravessava nossas pálpebras. Seus braços foram se afastando aos poucos. Mas seus olhos, mesmo quando te ias, ainda me traziam aquele olhar. Foram os últimos a se afastar.

domingo, 27 de julho de 2008

Ponto e virgula

, virgula. Ponto