quinta-feira, 26 de junho de 2008

Descaso?

Tudo bem, tudo bem. Vou vivendo só. Tão somente só que vivo cercado dos meus. Sou eles e eles me são. Sou todos os que me amam assim como eles. Estou só com os meus. Só.

Bem relativo não?

Passo a passo, abraço a abraço me aproximando de quem tenho que me aproximar. Cada parte de mim que passo a conhecer é uma ponte para conhecer as outras partes de mim. Os outros meus. Meus amigos, meus amores, eu mesmo neles todos. Sou fruto dos que me cercam e sou, também, o que me cerca. Sou mesmo é tudo. Só não conheço , ainda, tudo o que sou.

Relativo não?

Sem pressa, sem aperreio. Sou a calma em meio à toda agonia que sou. Sou a calma nessa loucura que me cerca. E esta, a loucura, é só parte de mim. Como criticar ou achar impossível viver com a loucura se esta, a loucura, é parte essencial da minha calma. É através dela que entendo minha paz. Sou a loucura do mundo e me cerco de calma mesmo sendo insano em minha calma.

Absurdo?

Não, não luto com o mundo. Não sou dado aos conflitos pessoais. Procuro me entender. Procuro entender o mundo que me cerca. Este mundo é meu, também. Este mundo é nosso. Tudo isso é parte essencial de mim. Sou tudo. Por isso este descaso com isso, com tudo, pois sei que, sendo parte de mim, tudo, não demora tanto, cedo ou tarde eu entendo.

Estranho?

É, é sim. É que prefiro ser parte e entender no lugar de só criticar e não procurar soluções para um equilíbrio.

Desencontrado?

Espera, espera. Acho que esta na hora de pensar mais no mundo e não só em você ou no seu mundo. Afinal, você também é o mundo que te cerca.

E o tempo?

Esquece, esquece. Este não existe mesmo.