terça-feira, 5 de agosto de 2008

Conquista I

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Mesmo com toda salinidade deste mar de amarguras ainda comportava doçura a menina ferida. Pobre donzela cercada de amargura e tristeza, isolava-se em sua vida, em seu quarto em seu eu. “Deixa o mundo de lado, por agora, não preciso dele, tanto assim.”. Assim chorava a menina que não negava um sorriso quando ele se chegava. Mas chegara tarde demais, por hora, que agora a menina não queria mais ninguém. Ainda assim, não negava aqueles sorrisos que o impulsionavam.

E, passo a passo, foi-se chegando, ele, do seu jeito, como o terceiro que chegou do nada. E quanto mais ela se afastava ele mais insistia, sutilmente, em se aproximar. E sua insistência não incomodava. Sim, ela sentia-se melhor. Como provando para si que era melhor do que se sentia. E, talvez por isso, não conseguia dar-lhe um não. Não conseguia nega-lo quando este se aproximava.

Continua...

Um comentário:

• c. disse...

Devo agradeçar ao elogio, e devo dizer que apesar da felicidade que me causa, é muita boa vontade de sua parte.
Fiquei impresionada. Vinícius, Tom, Clarice.. achei que ninguém gostava tanto deles, além de mim.

Negar é um jeito engraçado de dizer sim.