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Mesmo com toda salinidade deste mar de amarguras ainda comportava doçura a menina ferida. Pobre donzela cercada de amargura e tristeza, isolava-se em sua vida, em seu quarto em seu eu. “Deixa o mundo de lado, por agora, não preciso dele, tanto assim.”. Assim chorava a menina que não negava um sorriso quando ele se chegava. Mas chegara tarde demais, por hora, que agora a menina não queria mais ninguém. Ainda assim, não negava aqueles sorrisos que o impulsionavam.
E, passo a passo, foi-se chegando, ele, do seu jeito, como o terceiro que chegou do nada. E quanto mais ela se afastava ele mais insistia, sutilmente, em se aproximar. E sua insistência não incomodava. Sim, ela sentia-se melhor. Como provando para si que era melhor do que se sentia. E, talvez por isso, não conseguia dar-lhe um não. Não conseguia nega-lo quando este se aproximava.
Continua...
terça-feira, 5 de agosto de 2008
quinta-feira, 31 de julho de 2008
A Visão e a Arte
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Boa parte das pessoas interpretam as formas artísticas através dos seus olhares, dos seus mundo. Culturas, histórias, pessoas, entre várias influências tornam uma pintura, foto ou poema, vários. O que isto quer dizer? Que um poema pode ser, ao mesmo tempo, romântico para um e nostálgico para outro assim como um desenho, uma melodia, ou qualquer outra forma de arte.
Acredito que muitos se importam em interpretar a arte de outras formas. Lêem sobre técnicas, até tentam praticá-las, mesmo sem muito talento, para reconhecer e entender melhor como a obra, seja ela qual for, foi produzida. Estes preferem apreciar a arte por um aspecto mais técnico. Pelas inovações encontradas pelo artista. Sentem-se internos ao assunto.
Há ainda o terceiro grupo, meu favorito. Formado por aqueles que procuram primeiro entender o que a obra lhe passa. E, pouco a pouco, vão se deixando levar por ela, tentando imaginar ou entender o que o artista pensava naquele momento. O que o fez sair da cama, parar sua refeição, desligar o telefone, sair de sua casa, de seu país para buscar aquelas cores, aquelas palavras, aquelas imagens. Estes seriam, para mim, os líricos. Pois arte, para estes, é a busca de técnicas, paisagens, palavras e até gestos que consigam demonstrar sentimentos objetivamente. E, só através desta, podemos tocar nos sentimentos.
Boa parte das pessoas interpretam as formas artísticas através dos seus olhares, dos seus mundo. Culturas, histórias, pessoas, entre várias influências tornam uma pintura, foto ou poema, vários. O que isto quer dizer? Que um poema pode ser, ao mesmo tempo, romântico para um e nostálgico para outro assim como um desenho, uma melodia, ou qualquer outra forma de arte.
Acredito que muitos se importam em interpretar a arte de outras formas. Lêem sobre técnicas, até tentam praticá-las, mesmo sem muito talento, para reconhecer e entender melhor como a obra, seja ela qual for, foi produzida. Estes preferem apreciar a arte por um aspecto mais técnico. Pelas inovações encontradas pelo artista. Sentem-se internos ao assunto.
Há ainda o terceiro grupo, meu favorito. Formado por aqueles que procuram primeiro entender o que a obra lhe passa. E, pouco a pouco, vão se deixando levar por ela, tentando imaginar ou entender o que o artista pensava naquele momento. O que o fez sair da cama, parar sua refeição, desligar o telefone, sair de sua casa, de seu país para buscar aquelas cores, aquelas palavras, aquelas imagens. Estes seriam, para mim, os líricos. Pois arte, para estes, é a busca de técnicas, paisagens, palavras e até gestos que consigam demonstrar sentimentos objetivamente. E, só através desta, podemos tocar nos sentimentos.
Ladrão de Galinhas
Há uma falta de postura e indescência nos âmbitos onde corre maior parte do meu dinheiro, o que deixa qualquer ser humano “tranqüilo” quando consciente. E vejo, ainda, uma ironia trágica em meio aos fatos: “Aqueles que ‘ditam’ as regras, as minhas obrigações e direitos, são os mesmos que têm sido acusados de roubar meu dinheiro. Como exemplar resultado, uma punição com o fim de um mandato por determinado tempo.”.
Agora imagina um ladrão, daqueles mesmo, os de galinha. Um belo dia é pego roubando as galinhas e levado a julgamento. No julgamento as provas indicam que o acusado é culpado. Sujo, com penas pela camisa, marcas das bicadas da galinha que tentava fugir de seu sequestrador o homem nega tudo e diz nem saber da existencia de galinhas naquele terreno. Por fim, o juri popular condena o homem. Está definido e provado! Culpado! Pena: Renuncia e abandono das funções de ladrão. Sem direito às regalias. E, só após 8 anos, o dito ladrão pode voltar a roubar as galinhas. Enquanto isso, este deve desfrutar de plena liberdade para outras atividades.
Quem sabe assim, no Brasil, poderiamos dizer que a justiça é cega. Afinal, num pais de malandragem, de influência, onde o dinheiro move tudo, já que não se mexe com o rico vamos ver como mexer com os pobres. Se não dá pra rachar o dinheiro que se concentra na mão de poucos, vamos igualar, pelo menos, alguns direitos.
Agora imagina um ladrão, daqueles mesmo, os de galinha. Um belo dia é pego roubando as galinhas e levado a julgamento. No julgamento as provas indicam que o acusado é culpado. Sujo, com penas pela camisa, marcas das bicadas da galinha que tentava fugir de seu sequestrador o homem nega tudo e diz nem saber da existencia de galinhas naquele terreno. Por fim, o juri popular condena o homem. Está definido e provado! Culpado! Pena: Renuncia e abandono das funções de ladrão. Sem direito às regalias. E, só após 8 anos, o dito ladrão pode voltar a roubar as galinhas. Enquanto isso, este deve desfrutar de plena liberdade para outras atividades.
Quem sabe assim, no Brasil, poderiamos dizer que a justiça é cega. Afinal, num pais de malandragem, de influência, onde o dinheiro move tudo, já que não se mexe com o rico vamos ver como mexer com os pobres. Se não dá pra rachar o dinheiro que se concentra na mão de poucos, vamos igualar, pelo menos, alguns direitos.
terça-feira, 29 de julho de 2008
Até mais.
Deixa estes profundos olhos secos de emoção e que tanto me acobertaram de carinho. Ou deveria eu estar carente e, assim, qualquer demonstração de afetou tornou-me observador mais sensível da humanidade.
Era sim um olhar seco, que me acalentava e aceitava minhas palavras e meus afetos. Durante três dias o vi. No primeiro parecia meio embaçado, era bonito assim mesmo, mesmo que distorcido, mesmo que distante e não bem, lembrado, era belo. Até que na segunda vista tudo já era mais claro. Os olhos transpirando sorriso e num olhar fundo nos meus mostrou-me que me percebia. Sim, eu já pensava naqueles olhos bem antes deles me reconhecerem a primeira vez. Ou era o que imaginava. Mas fui visto e notado assim como reciprocamente cumprimentei. Breves e verdadeiros sorrisos, breves palavras, grande afeição.
No terceiro já não pude evitar. Aproximei-me tanto que os olhos se fecharam e já não pude vê-los por instantes. Mas, intrigantemente, os sentia melhor que nunca. Aquele olhar tornou-se carinho, tornou-se pele e afeto, tornou-se beijo e abraço. Aquele carinho tornou-se uma noite e um amanhecer do dia onde não pudemos ver o sol. Só poderíamos ver pelo tato, pelo cheiro e pela claridade que atravessava nossas pálpebras. Seus braços foram se afastando aos poucos. Mas seus olhos, mesmo quando te ias, ainda me traziam aquele olhar. Foram os últimos a se afastar.
Era sim um olhar seco, que me acalentava e aceitava minhas palavras e meus afetos. Durante três dias o vi. No primeiro parecia meio embaçado, era bonito assim mesmo, mesmo que distorcido, mesmo que distante e não bem, lembrado, era belo. Até que na segunda vista tudo já era mais claro. Os olhos transpirando sorriso e num olhar fundo nos meus mostrou-me que me percebia. Sim, eu já pensava naqueles olhos bem antes deles me reconhecerem a primeira vez. Ou era o que imaginava. Mas fui visto e notado assim como reciprocamente cumprimentei. Breves e verdadeiros sorrisos, breves palavras, grande afeição.
No terceiro já não pude evitar. Aproximei-me tanto que os olhos se fecharam e já não pude vê-los por instantes. Mas, intrigantemente, os sentia melhor que nunca. Aquele olhar tornou-se carinho, tornou-se pele e afeto, tornou-se beijo e abraço. Aquele carinho tornou-se uma noite e um amanhecer do dia onde não pudemos ver o sol. Só poderíamos ver pelo tato, pelo cheiro e pela claridade que atravessava nossas pálpebras. Seus braços foram se afastando aos poucos. Mas seus olhos, mesmo quando te ias, ainda me traziam aquele olhar. Foram os últimos a se afastar.
domingo, 27 de julho de 2008
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