quarta-feira, 16 de abril de 2008
Eu Fragmento
Eu, agora, só parte de mim, pois, visto eu como parte do todo, sou apenas fragmento e não só eu completo. Assim mesmo, como fragmento, sou o todo de mim, razão conhecida por mim mesmo e conhecedora, assim, de parte do todo. Humilde e pequena parte do todo. Mas, grande em mim, mesmo que ignorante de mim mesmo. Sou completa parte do todo e, pra mim, parte mais importante do todo. Pois meu todo existe por ser eu parte dele. E o todo sem mim, pra mim, não existe.
terça-feira, 15 de abril de 2008
O Nobre e o Pobre
Nobre eu, sentando em restaurantes, comprando caro.
Olha lá, além dos vidros tem outro mundo.
Eles pedem, comem lixo, sujam-se e estragam-se.
Não sabem de mim e sei deles.
Olha lá, eles podem sorrir, estão bem. Felizes.
Olha eu aqui. Nobre e morto de medo.
Bem se sabe, eles não têm o que perder além da vida.
E eu? Nobre. tenho tanto a perder.
Vivem bem a vida pois é o que eles têm.
Eu tenho dinheiro e responsabilidades.
Eles têm a vida.
Um me olha nos olhos e vejo nele vida.
Em mim, ele só vê dinheiro e a oportunidade que sou de ter uma refeição melhor no dia.
Vejo nele uma vida sofrida e, ainda assim, sorriso em seus olhos.
Em mim, só vejo meus bens e minha vida mesquinha.
E ele vê o seu almoço um pouco melhor.
Dou-lhe duas cédulas.
Ele me dá um sorriso grato e contente pois seu almoço será dobrado hoje.
Eu vou comer o de sempre, sempre caro e sempre o de sempre.
Ele contará uma história feliz.
Eu, mais uma história.
Ele vai se juntar aos seus.
Eu, volto pra casa e trabalho.
Assim ele vai vivendo.
E eu? Eu vou morrendo e deixo a herança.
Olha lá, além dos vidros tem outro mundo.
Eles pedem, comem lixo, sujam-se e estragam-se.
Não sabem de mim e sei deles.
Olha lá, eles podem sorrir, estão bem. Felizes.
Olha eu aqui. Nobre e morto de medo.
Bem se sabe, eles não têm o que perder além da vida.
E eu? Nobre. tenho tanto a perder.
Vivem bem a vida pois é o que eles têm.
Eu tenho dinheiro e responsabilidades.
Eles têm a vida.
Um me olha nos olhos e vejo nele vida.
Em mim, ele só vê dinheiro e a oportunidade que sou de ter uma refeição melhor no dia.
Vejo nele uma vida sofrida e, ainda assim, sorriso em seus olhos.
Em mim, só vejo meus bens e minha vida mesquinha.
E ele vê o seu almoço um pouco melhor.
Dou-lhe duas cédulas.
Ele me dá um sorriso grato e contente pois seu almoço será dobrado hoje.
Eu vou comer o de sempre, sempre caro e sempre o de sempre.
Ele contará uma história feliz.
Eu, mais uma história.
Ele vai se juntar aos seus.
Eu, volto pra casa e trabalho.
Assim ele vai vivendo.
E eu? Eu vou morrendo e deixo a herança.
Em Construção
Dadas as circunstancias, devo definir que não é aconselhável ou possível envolvimentos ou semelhantes formas de relação. Deixo claro que meus motivos são íntimos e não devem, por hora, serem revelados. O que acontece é que, em minha atual conjuntura, devo recolher-me em minhas particularidades, onde tenho conhecido lições partidas de mim (acrescento, por experiência, mesmo que nova, que estas são de grande relevância), fazendo assim com que não me seja válida qualquer relação que possa prejudicar este momento.
Ainda devo desculpar-me, pois, por fatidicamente ser uma fase nova, portanto desconhecida, posso cometer erros que servirão, com toda certeza, de lição numa nova necessidade de voltar a mim. Isolo-me por acreditar que qualquer contato além do superficial possa vir com sério risco de mágoa ou com a possibilidade de uma má interpretação onde eu estaria usando alguém apenas para suprir necessidades e, sem intenção, alimentando certas idéias errôneas.
Passado este momento, serei novidade. E o novo, como de costume, é desconhecido, por assim dizer, imprevisível. Meus passos após serão futuro e só no presente poderei dizer quem sou. No momento sou apenas olhos e boca, desliguei um pouco meus ouvidos.
Por fim, sou mudança em mim, sou reflexão, sou o todo em mim. Até a hora de voltar.
Ainda devo desculpar-me, pois, por fatidicamente ser uma fase nova, portanto desconhecida, posso cometer erros que servirão, com toda certeza, de lição numa nova necessidade de voltar a mim. Isolo-me por acreditar que qualquer contato além do superficial possa vir com sério risco de mágoa ou com a possibilidade de uma má interpretação onde eu estaria usando alguém apenas para suprir necessidades e, sem intenção, alimentando certas idéias errôneas.
Passado este momento, serei novidade. E o novo, como de costume, é desconhecido, por assim dizer, imprevisível. Meus passos após serão futuro e só no presente poderei dizer quem sou. No momento sou apenas olhos e boca, desliguei um pouco meus ouvidos.
Por fim, sou mudança em mim, sou reflexão, sou o todo em mim. Até a hora de voltar.
quarta-feira, 2 de abril de 2008
Bom Fim
E se o amor não vingasse? E se sumisse o amor? E fosse aonde fosse, ele se escondesse? Onde haveria de ir o amor? Será que entre outros ou sumiria de vez? Partido, o amor se soltaria no mundo em pedaços e sumiria daqui. O amor evaporaria e se iria aos ventos, como um vírus, assim seria o amor. Não seria mais nosso. O amor seria daquele que o respirasse. E nosso adeus ao amor seria o fim de nós. O início de outros. Então, só assim, não seria ruim o fim do nosso amor.
domingo, 30 de março de 2008
Não sou poeta
Não sou poeta. Não escrevo com métrica, rimas, não escrevo com beleza. Mas gosto de escrever. Gosto de falar do que sinto e fingir que pode haver razão na emoção. Contraditório? Talvez. Ainda assim gosto de pensar que existe. Ainda assim não sou poeta, não escrevo beleza. Escrevo o que sinto, não o que olho. Não descrevo, escrevo.
Prefiro mostrar os cenários como me vêm. Descrever algo que qualquer um pode ver. Vou além. Mostro o que significa pra mim. Vejo a sombra e não a árvore, o frescor e não a água, a leveza e não o vôo do pássaro. Não sou poeta. Não escrevo versos. Os parágrafos são, por hábito, mais extensos, mais livres.
Por hora, gosto de dizer-me poeta. Assim posso desfrutar da liberdade de alguns erros. Como fazem os poetas. Ainda rimo algumas frases, mas, nada que possa ser chamado de poema, poesia, verso, prosa. Tudo isso me prenderia, limitaria meus pensamentos, mudaria o sentido do que quero dizer. Já disse, não sou poeta. Sou livre.
Prefiro mostrar os cenários como me vêm. Descrever algo que qualquer um pode ver. Vou além. Mostro o que significa pra mim. Vejo a sombra e não a árvore, o frescor e não a água, a leveza e não o vôo do pássaro. Não sou poeta. Não escrevo versos. Os parágrafos são, por hábito, mais extensos, mais livres.
Por hora, gosto de dizer-me poeta. Assim posso desfrutar da liberdade de alguns erros. Como fazem os poetas. Ainda rimo algumas frases, mas, nada que possa ser chamado de poema, poesia, verso, prosa. Tudo isso me prenderia, limitaria meus pensamentos, mudaria o sentido do que quero dizer. Já disse, não sou poeta. Sou livre.
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